terça-feira, 9 de julho de 2013

Comitê Pró-Federalização reclama da UFSC no MEC


Lideranças do Comitê Pró-Federalização da FURB, da Prefeitura de Blumenau e da Câmara de Vereadores de Blumenau foram recebidos em audiência, ontem no final da tarde, em Brasília, pelo diretor da Secretaria de Educação Superior do MEC, Paulo Speller, que assumiu o cargo em 9 de abril.

Segundo o coordenador do comitê,  professor Clóvis Reis, o objetivo da reunião (clique nas imagens) foi "denunciar que o projeto de instalação do campus da UFSC no Vale do Itajaí não está dialogando com os anseios da  comunidade regional". Após explicar toda história de luta do comitê pela federalização da FURB, há mais de dez anos, o Comitê reivindicou duas questões: 

a) que a instalação do campus passe pelo diálogo com a  comunidade (e que o MEC intervenha no processo e medie essa conversa entre Comitê, FURB, UFSC e comunidade regional);
b) que o Comitê possa efetivamente defender, neste novo espaço, a sua tese, amplamente debatida e divulgada em assembleias, na imprensa e cadernos especiais: o aproveitamento de alunos, dos servidores e da estrutura da FURB na instalação do campus em Blumenau.

De acordo com Reis, o diretor do MEC manifestou surpresa e total desconhecimento do modo de andamento do processo. Solicitou ao Comitê que remeta, ainda hoje, ofício narrando todos os principais fatos desde a instalação do movimento e a situação atual da alegada "exclusão do Comitê e da FURB no processo da UFSC". Speller prometeu encaminhar uma conversa, o mais breve possível, com a reitora da UFSC, Roselane Neckel, antes de decidir os próximos passos.  Ele já está de posse do caderno "Queremos a FURB Federal".

Integraram, ainda, a comitiva, os professores Elza Bevian, Ralf Emhke (presidente do Sindicato dos Servidores - Sinsepes/FURB), Valmor Schiochet, Stela Meneghel, a presidente do Daclobe, aluna Mariela Krauss, o presidente da Cãmara de Vereadores de Blumenau, Vanderlei de Oliveira e dois secretários municipais de Blumenau, Helenice Luchetta (Educação) e Jorge Cenci (Desenvolvimento Econômico).

Para Elsa Bevian, a reunião foi produtiva. Outro ponto marcante que o secretário desconhecia, segundo ela, é que a vinda da Federal para o Vale é fruto da luta de um movimento comunitário que "agora está alijado do processo e numa situação em que a Reitoria da UFSC nem dialoga e nem responde aos ofícios de um  Comitê sério e representativo, apenas informado pela imprensa do leilão de áreas e prédios na região a pedido da UFSC".

Na mesma linha raciocina a dirigente do Daclobe que saiu esperançosa do encontro. "Como está não pode ficar. Esperamos que o MEC tenha atitude e inclua a comunidade e os alunos da FURB nessa  conversa". 

Para o  presidente do Sinsepes ficou nítido que de todos os processos de instalação das federais no País (anunciado pela Presidente Dilma em agosto de 2011) o da UFSC é o mais atrasado e agora o mais apressado para ganhar tempo no MEC, "mas criando muitas insatisfações. Muitos pontos não estão claros. O próprio secretário estranhou, por exemplo, a UFSC ofertar duas licenciaturas (Química e Matemática) que já existem na FURB", afirmou. 

Clóvis, Elza, Ralf e Mariela passaram as informações por telefone, no caminho a  Blumenau,  onde chegaram ao meio-dia (problemas nos vôos).

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